Kick-Ass: O que é ser um herói?

Kick-Ass é uma dessas revistas no qual questionamos um campo filosófico de nossas vidas com um toque de sarcasmo e humor muito bem estruturados...2 min


Kick-Ass é uma dessas revistas no qual questionamos um campo filosófico de nossas vidas com um toque de sarcasmo e humor muito bem estruturados por ninguém mais que Mark Millar (Old Man Logan, Guerra Civil).

Se preferir você pode conferir esta análise em vídeo:
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=JkLuEoNv2H4[/youtube]

Millar entra na lista daqueles autores modernos com visões inovadoras e seu nome sempre chama a atenção nessa gloriosa indústria de quadrinhos. Kick-Ass foi um dos pioneiros de um projeto ousado chamado MILLARWORLD onde todas as criações 100% autores de Millar fariam parte do mesmo universo. Ele quer viver no seu próprio mundinho. Egocêntrico? Talvez. Visionário? Com certeza.

Sinopse: No mundo real, o que aconteceria se um cara comum vestisse uma roupa de látex para encarar frente a frente o submundo do crime? Conheça Dave Lizewski, um adolescente que busca algum sentido em sua vida medíocre incorporando essa prática nada comum e descobrir que nem tudo são flores como nos quadrinhos de super-heróis.

Vamos começar falando da estrutura narrativa. Quem acompanha o trabalho de Millar sabe que direto ao ponto é seu lema. A trama flui de maneira constante e rápida, sem perder o foco no cerne do protagonista e ao mesmo tempo cria empatia com seus objetivos. Devo dizer que em termos de estrutura Kick-Ass é impecável. Ponto para você Mark.

Em relação aos seus personagens, são muito fáceis de se apegar e se identificar neles, principalmente o Dave. Sua convicção heroica é mesclada com sua agonia interna consigo mesmo de “querer ser algo mais”. Essa agonia que todo ser humano tem em diferentes aspectos. O heroísmo é uma sinestesia de virtudes enraizadas numa cultura, mas Kick-Ass é um símbolo irônico de toda essa perspectiva e nos faz lembrar que apesar de tudo, não passamos de meros humanos (Fiquei 10 minutos no banho só pensando nisso).

O que não posso deixar de citar é o humor sarcástico muito bem executado no roteiro enfatizado com os desenhos caricatos de John Romita Jr. A violência de Kick-Ass é chocante e hilária ao mesmo tempo, o que deixa a leitura divertida e prazerosa para se gastar uma tarde de domingo.

Kick-Ass no final entra na minha lista de como ousar em histórias em quadrinhos, e sua proposta e execução transborda inteligência e filosofia para criar uma boa discussão entre amigos.

Não deixe de conferir o canal Página por Página.


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Lucas Frazão

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